Non scholæ sed vitæ discimus

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

O Brasil Imperial







IMPÉRIO DO BRASIL x Ré-Pública Federativa do Brasil



               Em 16 de abril de 1876 o jornalista James O’Kelly do New York Herald, jornal que foi o precursor de vários periódicos acreditados e de renome neste século, acompanhou a viagem de D. Pedro II aos Estados Unidos, desde o embarque no Rio de Janeiro.

O referencial de família e a imensa popularidade de nosso imperador muito chamou a atenção desse jornalista, fazendo-o assim comentar naquele hebdomadário:


“Não era apenas mais um Chefe de Estado se despedindo da nação com pompas e circunstâncias, antes disso, era um casal respeitado e adorado despedindo-se de sua imensa família”Entre 1840 a 1889, época que reinou S.M.I. D. Pedro II alcançou o Brasil fase áurea nunca antes nem depois em toda sua história".

Tanto no velho como no novo mundo, era bastante elevado o prestígio de que se revestia a imagem do nosso imperador, por conseguinte, espesse o conceito do Brasil.

Daí foi o Brasil, na pessoa de D. Pedro II, várias vezes convocado para arbitrar pendências entre as potencias mundiais aquela época, senão vejamos:

1861 – Guerra da secessão nos EE.UU., Napoleão III da França ofereceu-se como mediador entre os ianques e confederados, ato peremptoriamente recusado pelo presidente Lincoln, que pediu a mediação do Império Brasileiro, conforme documento assinado pelo Secretário de Estado William Seward aos 19.09.1861 dirigindo-se ao Príncipe de Joinville, Dom François d' Orléans, cunhado de D. Pedro II, casado com sua irmã, a princesa D. Francisca de Bragança e ao representante diplomático brasileiro em Washington D.C., Dr. Miguel Maria de Lisboa, futuro Barão de Japurá;

1867 – Um novo conflito surgira desta vez entre as das duas mais “insignes” ré-públicas do planeta. A República francesa reclamava dos EE.UU. indenizações por danos que havia sofrido seus concidadãos durante a guerra de secessão. Mais uma vez o Brasil foi convidado a integrar o tribunal que decidiria a contenda. Nesta ocasião representou o Brasil em Washington D.C. o Dr. Tomás Fortunato de Brito, Barão de Arinos; 1871 – A Inglaterra e os EE.UU. submeteram ao julgamento brasileiro a questão do navio Alabama. Naquela ocasião representou o Brasil na Corte internacional em Genebra na Suíça o Dr. Marcos Antonio de Araújo, Barão de Itajubá;

1884 – Todas as grandes potências mundiais: Alemanha; França; Itália; Inglaterra e EE.UU. pediram ao Brasil que arbitrasse a questão das indenizações a serem pagas por decorrência da guerra do pacífico. (A Guerra do Pacífico foi uma contenda militar travada entre o Peru, a Bolívia e o Chile, entre 1879 e 1884 motivada pela posse de território inabitado no norte do deserto de Atacama. Esta zona era bastante cobiçada por ser naturalmente rica em nitrato de potássio, principal componente para a manufatura de explosivos, além de outros minerais, como por exemplo o precioso cobre);

- Hoje o Brasil procura um lugar no Conselho de Segurança da ONU.

Atentemos à postura moral e político do Imperador D. Pedro II, desta feita, no caso “Christie”.

Naquela ocasião, por falta de tato diplomático, o representante inglês, Sir William Dougal Christie, fanático adorador de Baco, oficiou nota diplomática mal-educada ao governo brasileiro, por não conformar-se com a não punição dos nossos policiais e fuzileiros navais que haviam prendido oficiais ingleses, à paisana, nas ruas da capital do império, os quais embriagados tinham realizado arruaças; tomado senhoras dos braços dos seu acompanhantes, enfim, quebra-quebras e muito boneco, mas não foi qualquer bonequinho desses que vemos por aí, foi Boneco grande; O Judas!

Não sendo ele atendido nesta convocação de retratação por parte das autoridades imperiais brasileiras foi que o mesmo embaixador de inteligência com oficiais do alto escalão da armada inglesa concertaram para que fossem seqüestradas cinco embarcações da marinha mercante brasileira.

Pirataria pura!(sic).

Nosso império, não quis peitar a senhora dos mares como fez a Argentina na questão das Falklands/Malvinas. Agiu diferente, venceu, desmoralizando os ingleses no campo diplomático.

D. Pedro II não trepidou em instante algum. Em alto e bom tom estadeou que preferia perder a coroa a mantê-la sem honra, ato contínuo, recusou terminantemente quaisquer negociações, enquanto não fossem restituídas as embarcações brasileiras apreendidas, ainda que sob a ameaça e pressão daquela poderosa esquadra.

No ano de 1946, adrede a visita do presidente Harry Truman, fora enviado a Ré-pública do Brasil, o general Dwight Eisenhower. Compunha este servil séquito receptivo o Sr. Otávio Mangabeira, então plenipotenciário da UDN.

No mais escandaloso gesto de capachismo jamais dantes visto na Terra da Santa Cruz, este político inclinou-se, diante de todos e, “de rodillas”, beijou a mão do General Eisenhower!

Cenas deste jaez ficam devendo apenas a certo cantor que fez muchocho e chorou acalentado nos braços do Presidente americano George Bush II.

Saiamos agora do lamaçal e retornemos à planície.

...E os ingleses retrocederam sendo todos os navios brasileiros restituídos.

A questão em tela foi confiada à prudência do Rei Leopoldo I da Bélgica, tio da Rainha Victória.

O Sr. Bill Christie que passava o dia mais melado que espinhaço de pão doce foi imediatamente chamado a Londres sendo substituído pelo diplomata Corwallis Eliot, o qual se mostrou simpaticíssimo ao Brasil, onde mais tarde adquiriu uma chácara na região de Petrópolis.

Ainda assim D. Pedro II não deu o caso por encerrado. O decoro da pátria fora ofendido. Era imperativo uma satisfação a altura da ofensa que lhe fora feita.

Na medida em que a Inglaterra não queria oferecer uma justificativa condigna, nosso imperador rompeu relações diplomáticas. O embaixador brasileiro em Londres, Dr. Carvalho Moreira, adrede Barão de Penedo, recolheu seu passaporte e partiu daquela ilha com seus auxiliares, ao mesmo tempo em que Sir Corwallis Eliot fora convidado a sair do Brasil, tudo isso pelos idos do mês de junho em 1863.

Mas logo em julho de 1863, um mês após a refrega diplomática, o Rei Leopoldo I exarava parecer em pró da causa brasileira.

A engelhada Inglaterra muito relutou em admitir as trapalhadas do embaixador Bill Papudo e dos seus oficias de marinha. Usou todos os artifícios para estabelecer relações comerciais e diplomáticas com o Império brasileiro.

Pelo viés econômico o prejuízo inglês foi portentoso, pois o azimute marítimo para o comércio com os países da parte ocidental da América do Sul, bem como das suas colônias na Oceania, passava pela costa do Brasil, cabendo aos portos brasileiros providenciar o aprovisionamento, a logística, para que os navios ingleses pudessem dobrar o Horn.

Franklin Roosevelt veio ao Brasil e conseguiu carregar mais de 25.000 brasileiros para lutar ao lado de Mark-Clark na Europa.

Depois, em 1947, por seu turno, veio seu colega Harry Trumman, recebendo como souvenir uma montanha cheia de manganês. Em 1997, foi a vez do Bill tarado, aquele do charuto, faturando de um só golpe o SIVAM para “monitorar” a Amazônia.

Mas D. Pedro II fez a  Velha Ilha curvar-se.

Adrede, a Inglaterra enviou ao Brasil o diplomata Edward Thornton fins expor todos os lamentos da Rainha Victoria, apresentando formalmente pedidos de desculpas por aquela grave ofensa.

Mas não parou por aí!

O delegado inglês se viu forçado a tomar cavalgaduras para si e sua comitiva destarte partiram em viagem desde o Rio de Janeiro aos longínquos pampas brasileiros, mais precisamente ao bivouac de S.M.I. D. Pedro II em Uruguaiana onde nosso venerável e brioso exército imperial acabara de tomá-la do Paraguai.

E sentando nesta confortabilíssima cadeira de triunfo foi que D. Pedro recebeu as “apologies” de John Bull.

O regime imperial que proporcionou todo este prestígio ao Brasil no concerto dos países mais adiantados, similis modus, em sua atuação interna, conseguira promover aos nacionais longevo interregno de estabilidade constitucional e manifesto progresso material àquela época.

Mas o glorioso Império do Brasil haveria de tombar naquela trágica quartelada de 15 de novembro era a cicuta ré-publicana, ela que fora trazida do mais profundo hades de uma caserna.

Há uma unanimidade entre os historiógrafos brasileiros:

A ré-pública nunca e em momento algum pudera contar com apoio do povo brasileiro, muito menos com o entusiasmo das massas, sequer daquela urbe fluminense onde fora proclamada.


Atentemos como se expressou o Dr. Aristides Silveira Lôbo, ministro daquela ré-pública dos mais exaltados, um dos primeiros porfiadores daquele inditoso movimento, que nos dá testemunho totalmente insuspeito:





Afonso Celso de Assis Figueiredo
O Visconde de Ouro Preto


“Todo povo contemplou bestializado, e em estado de catatonia, a queda do império e posterior expulsão do seu monarca”



“(...)A República brasileira, como foi proclamada, é uma obra de iniqüidade. A República se levantou sobre os broqueis da soldadesca amotinada, vem de uma origem criminosa, realizou-se por meio de um atentado sem precedentes na história(...)”


Agora já entronizados no poder e sem qualquer apoio popular, os próceres ré-publicanos logo compreenderam que urgia cozer uma constituição ditatorial, o quanto antes, fins jugular de um só golpe a grande maioria monarquista evitando, por assim dizer, uma contra-revolução que muito breve viria.

Em 1891, dois anos após a proclamação daquele nefando movimento, foi “presenteada” ao Brasil uma constituição mal-engendrada proibindo, ad æternum, qualquer projeto de lei que pudesse modificar os moldes daquela bernarda.

Catapultados foram todos os monarquistas à margem da lei, passando à clandestinidade, uma vez a retro-mencionada cláusula, que se fez pétrea, providenciada ás pressas naquela constituição ré-publicana.

A sorte de uma possível restauração da monarquia estava selada, nunca mais poderia ser considerada pela nação brasileira.

Para se ter uma ideia da desorganização do movimento ré-publicano sequer seus idealizadores sabiam das diferenças entre federação e confederação.

Seria doravante os Estados Unidos do Brasil, uma ré-pública federativa ou confederada?

Longas horas de reuniões, debates e deliberações ocuparam o tempo daqueles “gênios” ré-publicanos de outrora.

E cá no Icó, Cidade cearense na confluência dos rios Jaguaribe e Salgado...

Ao tomar conhecimento da proclamação da república, a vereança icoense se fez logo reunir elegendo seu chefe do executivo. O Presidente.

E como não há presidente sem ministros, o Icó também teve seus ministérios, a saber:

Relações Exteriores; Defesa (Guerra); Justiça, e pasmem...

Da Marinha!

Isso mesmo, MARINHA!

Seu ministro, não sei se com as dragonas de Almirante, bem melhor fosse, "Capitão-de-Rio-e-Guerra”, foi o Sr. José Pinto Coelho de Albuquerque, de veneranda memória, adrede falecido no cargo de Administrador dos Correios em Fortaleza.

Tudo acima não é tradição oral... 

A negrada diz!

Mas voltemos ao Rio de Janeiro sede daquela quartelada...

Passados dois meses apenas da proclamação da Ré-pública do Brasil já se podia contabilizar mais de 155 decretos promulgados!

Como provado não é de hoje que se vem governando o Brasil através de decretos e MP’s.

Num destes, a imposição da data de 07 de setembro como dia da nossa emancipação política. (Ver jamais o 7 de Setembro neste mesmo blog).

E esta cláusula constitucional tão injustamente e tiranicamente imposta, veio a ferir de morte a monarquia, e em conseqüência deste amordaçamento durante vários lustros é que se pôde firmar a ré-pública, ao empalar a monarquia.

Onde por ventura encontraríamos os discursos democráticos dos primeiros ré-publicanos?

Que contradição imensa!

Todavia, mantidos pelas conseguintes cartas magnas de 1934; 1946; 1967 e 1988.

Ah se me fosse possível numerar e comentar aqui todas as frustrações, exasperações, crises e traumas que advieram das sucessivas constituições ré-publicanas!

O contrabando das pedras preciosas passa por uma delas.

Circunscrever-me-ei a mais recente delas, poderíamos crismá-la de “Nova ré-pública” que foi ins/res-taurada a partir de 1985 e finalizada em 1988, depois da saída do último presidente militar.

E esta “Nova Ré-Pública” nos apareceu com esperanças as mais promissoras, advindo então outra constituição.

E essa era para “ficar e colar” segundo seus idealizadores.

Era perfeita!

Resolveria todos os problemas tato os mais como os menos prementes, tutti-quanti.

Aquele pergaminho seria uma vara de condão, um hocus-pocus poderosíssimo que transformaria sapos em príncipes, nunca o inverso.

E foi assim que apareceram a Pseudo Caça aos Marajás; O Confisco da Poupança; O Selo Pedágio; O Compulsório dos Combustíveis; A Maletinha de Primeiros Socorros; A Quebra da Sudam; O Congelamento de Preços (Fiscais do Sarney, melhor, do Zé Ribamar); IPVA geminado com Pedágios; A Compra descarada de votos com distribuições das Bolsas Misérias; A compra de Apoio Político com o Mensalão; As Cirurgias para Mudança de Sexo bancadas pelo SUS;  O Sucateamento da Educação, da Saúde e da Segurança Pública;  impossível numerá-las uma a uma, etc e etc.

Basta!

Hoje decorridos apenas 24 anos desta Nouveau Republique encontramo-la já cansada, cianótica, em estado de adiantada putrefação, desgastadíssima diante dos poucos homo sapiens que  ainda restam no Brasil.

Muitos esclarecidos ainda recordam com nostalgia nosso prestigioso período imperial.

Dessarte, mo-lo é forçoso fazer as seguintes indagações, ainda que retóricas:

Será que é tempestiva a restauração da nossa monarquia?

Não seria esta restauração uma saída exeqüível para a imoralidade política que ora nos é apresentada?

Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono em 1840, 92% da população brasileira era analfabeta, em seu último ano de reinado em 1889, essa porcentagem era de 56%, devido ao seu grande incentivo a educação, a construção de Faculdades e principalmente de inúmeras Escolas que tinham como modelo o excelente Colégio Pedro II.

A bandeira nacional brasileira tem entre as cores o verde e o amarelo pois a mãe de Pedro II do Brasil, a Imperatriz Leopoldina idealizou e costurou a primeira bandeira nacional sendo o verde a cor símbolo da casa real dos Bragança e o amarelo da casa real dos Habsburgo . Diferentemente como muitos pensam o verde não representa as matas e o amarelo não representa o ouro. Além disso seu pai Pedro I que compôs o nosso primeiro hino nacional que sofreu modificações ao longo da república.

Pedro II do Brasil é Patrono do Corpo de Bombeiros e da Astronomia.

Em 1887, a média da temperatura na cidade do Rio de Janeiro era 24° no ano. No mesmo ano a máxima no verão carioca no mês de janeiro foi de 29°.

A Imperatriz Teresa Cristina cozinhava as próprias refeições diárias da família imperial apenas com a ajuda de uma empregada (paga com o salário de Pedro II).

Em 1871, a Imperatriz Teresa Cristina doou todas as suas joias pessoais para a causa abolicionista, deixando a elite furiosa com tal ousadia. No mesmo ano A Lei do Ventre Livre entrou em vigor, assinada por sua filha a Princesa Imperial Dona Isabel.

(1880) O Brasil era a 4º Economia do Mundo e o 9º Maior Império da História.

(1860-1889) A Média do Crescimento Econômico era de 8,81% ao Ano.

(1880) Eram 14 Impostos, atualmente são 98.

(1850-1889) A Média da Inflação era de 1,08% ao Ano.

(1880) A Moeda Brasileira tinha o mesmo valor do Dólar e da Libra Esterlina.

(1880) O Brasil tinha a Segunda Maior e Melhor Marinha do Mundo. Perdendo apenas para Inglaterra.

(1860-1889) O Brasil foi o primeiro país da América Latina e o segundo no Mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.

(1880) O Brasil foi o maior construtor de estradas de Ferro do Mundo, com mais de 26 mil Km.

A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano quanto para falar mal do nosso Imperador. "Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros" conta o historiador José Murilo de Carvalho. "Schreiner, ministro da Áustria, afirmou que o Imperador era atacado pessoalmente na imprensa de modo que 'causaria ao autor de tais artigos, em toda a Europa, até mesmo na Inglaterra, onde se tolera uma dose bastante forte de liberdade, um processo de alta traição'." Mesmo diante desses ataques, D. Pedro II se colocava contra a censura.
 "Imprensa se combate com imprensa", dizia.

1. A média nacional do salário dos professores estaduais de Ensino Fundamental em (1880) era de R$ 8.958,00 em valores atualizados.

2. Entre 1850 e 1890, o Rio de Janeiro era conhecido na Europa como “A Cidade Dos Pianos” devido ao enorme número de pianos em quase todos ambientes comerciais e domésticos.

3. O bairro mais caro do Rio de Janeiro, o Leblon, era um quilombo que cultivava camélias, flor símbolo da abolição, sendo sustentado pela Princesa Isabel.

4. O Maestro e Compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” foi sustentado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.

5. Pedro II tinha o projeto da construção de um trem que ligasse diretamente a cidade do Rio de Janeiro a cidade de Niterói. O projeto em tramito até hoje nunca saiu do papel.

6. Pedro II mandou acabar com a guarda chamada Dragões da Independência por achar desperdício de dinheiro público. Com a república a guarda voltou a existir.

7. Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários de Botânica e Astronomia pela Universidade de Cambridge.

8. Descontruindo boatos, D. Pedro II e o Barão/Visconde de Mauá eram amigos e planejaram juntos o futuro dos escravos pós-abolição. Infelizmente com o golpe militar de 1889 os planos foram interrompidos.

9. Oficialmente, a primeira grande favela na cidade do Rio de Janeiro, data de 1893, 4 anos e meio após a Proclamação da República e cancelamento de ajuda aos ex-cativos.

10. D. Pedro II tinha 1,91m de altura, quando a média dos homens brasileiros era de 1,70m e mulheres 1,60m.

11. Na época do golpe militar de 1889, D. Pedro II tinha 90% de aprovação da população em geral. Por isso o golpe não teve participação popular.

12. José do Patrocínio organizou uma guarda especialmente para a proteção da Princesa Isabel, chamada “A Guarda Negra”. Devido a abolição e até mesmo antes na Lei do Ventre Livre , a princesa recebia diariamente ameaças contra sua vida e de seus filhos. As ameaças eram financiadas pelos grandes cafeicultores escravocratas.

13. O Paço Leopoldina localizava-se onde atualmente é o Jardim Zoológico

14. O Terreno onde fica o Estádio do Maracanã pertencia ao Duque de Saxe, esposo da Princesa Leopoldina.

15. Santos Dumont almoçava 3 vezes por semana na casa da Princesa Isabel em Paris.

16. A ideia do Cristo na montanha do corcovado partiu da Princesa Isabel.

17. A família imperial não tinha escravos. Todos os negros eram alforriados e assalariados, em todos imóveis da família.

18. D. Pedro II tentou ao parlamento a abolição da escravatura desde 1848. Uma luta contra os poderosos fazendeiros por 40 anos.

19. D. Pedro II falava 23 idiomas, sendo que 17 era fluente.

20. A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites” foi feita por D. Pedro II, do árabe arcaico para o português do Brasil.

21. D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual para instituições de caridade e incentivos para educação com ênfase nas ciências e artes.

22. D. Pedro Augusto Saxe-Coburgo era fã assumido de Chiquinha Gonzaga.

23. A Princesa Isabel recebia com bastante frequência amigos negros em seu palácio em Laranjeiras para saraus e pequenas festas. Um verdadeiro escândalo para época.

24. Na casa de veraneio em Petrópolis, Princesa Isabel ajudava a esconder escravos fugidos e arrecadava numerários para alforriá-los.

25. Os pequenos filhos da Princesa Isabel possuíam um jornalzinho que circulava em Petrópolis, um jornal totalmente abolicionista.

26. D. Pedro II recebeu 14 mil votos na Filadélfia para a eleição Presidencial, devido sua popularidade, na época os eleitores podiam votar em qualquer pessoa nas eleições.

27. Uma senhora milionária do sul, inconformada com a derrota na guerra civil americana, propôs a Pedro II anexar o sul dos Estados Unidos ao Brasil, ele respondeu literalmente com dois “Never!” bem enfáticos.

28. Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu para comprar a fazenda que abrange hoje o Parque Nacional da Tijuca. Em uma época que ninguém pensava em ecologia ou desmatamento, Pedro II mandou reflorestar toda a grande fazenda de café com mata atlântica nativa.

29. A mídia ridicularizava a figura de Pedro II por usar roupas extremamente simples, e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios da Quinta da Boa Vista e Petrópolis. Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo para tais futilidades. Alvo de charges quase diárias nos jornais, mantinha a total liberdade de expressão e nenhuma censura.

30. Thomas Edison, Pasteur e Graham Bell fizeram teses em homenagem a Pedro II.

31. Pedro II acreditava na eficiência de Freud, assim que confiou o tratamento de seu neto Pedro Augusto. Os resultados foram excelentes deixando Pedro Augusto sem nenhum surto por anos.

32. D. Pedro II andava pelas ruas de Paris em seu exilio sempre com um saco de veludo ao bolso com um pouco de areia da praia de Copacabana. Foi enterrado com ele.

A Princesa Isabel já em seu exilio em 1904 foi perguntada por que a família raramente usava as joias Imperiais no Brasil. Princesa Isabel respondeu que tanto ela como sua mãe, sabia que aquelas joias não as pertenciam. Que poderiam usar a qualquer hora em qualquer ocasião, mas raramente enxergavam motivos para usa-las. “Ainda mais se tratando de adornos grandes, pesados e de extrema “arrogância” com nosso povo”.

Em Particular a Imperatriz Teresa Cristina sempre foi alvo de jornais e nobres da época por sua simplicidade e falta de capricho em seus trajes e adornos. Sempre muito discreta, só usava suas joias de cunho pessoal, nunca usou as joias do cofre Imperial, as tais “joias da coroa”. A mídia zombava de uma Imperatriz que se vestia como uma senhora de classe média.

A maioria das joias particulares de família foram leiloadas e outras roubadas pelos militares dias após o Golpe de 1889. Já as joias Imperiais foram totalmente saqueadas pelos militares.


E parafraseando o grande Machado de Assis, fundador da Academia Brasileira de Letras e o desabusado e preparadíssimo filósofo Olavo de Carvalho....

"Quanto às minhas opiniões políticas, tenho duas, uma impossível, outra realizada. A impossível é a república de Platão. A realizada é o sistema representativo (a Monarquia).

É sobretudo como brasileiro que me agrada esta última opinião, e eu peço aos deuses (também creio nos deuses) que afastem do Brasil o sistema republicano, porque esse dia seria o do nascimento da mais insolente aristocracia que o sol jamais alumiou" M.A.


“É impossível falar do Brasil hoje em dia, sem que um incorra em gravíssimo atentado ao pudor". O.C.

Finis Coronat Opvs,

Clovis Ferreira da Cruz Ribeiro de Campos


Fonte: Biblioteca Nacional RJ, IMS RJ, Diário de Pedro II, Acervo Museu Imperial de Petrópolis RJ, IHGB, FGV, Museu Nacional RJ, Bibliografia de José Murilo de Carvalho.

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